domingo, 1 de fevereiro de 2009

CARIOCA DA CLARA DO OVO

Mulher bonita passa, colore e agita os instintos mais curiosos irrigados pelos seios do mundo. Desenha vestígios de pés que pairam no ar. Quem os segue se perde nos rastros, cego que está.
Mulher alinhada caminha, porque caminhando, com suas claras curvas que sol nenhum ousou tocar, entorpece olhares, bulindo sonhos, remexendo corpos que se querem nela cravar.
Mulher esperta, sorriso de meio canto de boca-de-carmim, calcula passos, à noite, pelas calçadas vestidas de ondas. Não tem a cor do verão nem cabelos soltos ao vento, mas tem olhar de menina e pele macia.
Mulher de insônias insidiosas que provoca febres, convulsões e ereções... deseja e se faz desejar.
Não vai p’ras baladas, não curte samba, não cai na noitada... mas é graciosa, é carinhosa e é carioca também.

Um comentário:

Teresa Cristina Figueira disse...

Este texto eu li, reli...impossível de não ver você nele...uma mulher q não precisa do sol, do mar e de roupas ousadas para ser bela, atraente e brejeira...Parabéns!...textos inteligentes, reflexivos, interessantes!...bjin,Cris*